Assistam ao vídeo e entendam minhas palavras:
http://www.youtube.com/watch?v=eegDtyrSUZw&ob=av2e.
Pois é. Em assembleia geral nesta sexta (18), os professores estaduais optaram por greve, pedindo o pagamento do piso salarial e dizendo ‘não’ à mudança do Ensino Médio a partir do ano que vem; mudança esta que excluiria aos poucos as disciplinas básicas.
É certa a decisão, já que é a última cartada da categoria frente à arbitrariedade do governo Tarso. Irá prejudicar o ano letivo e os alunos? Sim. Mas não resta outra alternativa.
O que me deixa indignado é que muitos professores não irão aderir à greve, principalmente, os contratados, temerosos e ‘cagados’, sim. Por causa desses, o governo continuará tripudiando a classe docente já tão sofrida.
E em Santo Antônio? Como será adesão? Algo que diz que o ‘troço’ não funcionará, o que é uma lástima...
Nos dias 24, 25 e 26 de novembro, acontece a primeira Feira do Livro de Santo Antônio da Patrulha. Na tarde de sábado (26), será a vez dos escritores patrulhenses. Por isso, lá estarei na ocasião com meu segundo livro (Do Começo). Prestigiem!
‘Águas Cálidas’ é o segundo romance do escritor Kiko Riaze. O autor, que já tem em sua história de vida um romance com temática gay, volta a navegar pelo universo da diversidade sexual, mas desta vez não se prende a rótulos.
O livro narra a história de Daniel, um jovem surfista que vê sua amizade e admiração por um homem mais velho se transformar inesperadamente numa tórrida paixão. Daniel é um jovem que não sabe exatamente o que fazer do seu destino e vive dividido entre o amor de Amanda, que sonha com a estabilidade de um lar em terra firme e o chamado das ondas, que o atraem com sua prancha e o fazem desejar uma vida diferente, longe da pobreza do lugar onde vive. Alex, mais maduro e experiente, sabe exatamente o que deseja, mas esconde um passado traumático e misterioso que o atormenta e o faz colecionar perdas ao longo do caminho. Em comum entre Daniel e Alex, a necessidade de viver e amar que os atrai para um sentimento novo e muda completamente as suas vidas.
Se na obra anterior Kiko Riaze lançava mão de uma linguagem típica do gueto e de cenas fortes para falar diretamente ao público gay, em ‘Águas Cálidas’ o autor amplia seus horizontes para tratar do amor de um modo universal, tão sincero e humano, que é capaz de atingir todo tipo de público, seja heterossexual ou homossexual.
Às vezes, a sala de aula parece um campo de batalha. É uma luta entre o professor e os alunos. Aquele solitário, e estes quase sempre unidos.
O professor realiza várias ofensivas. Uma delas é tentar passar ou construir conhecimento. Mas os alunos, resistentes e imponentes, repelem isso com bombas de desânimo e armas de última geração que disparam desmotivação.
Em outra tentativa, o professor – ser incansável – arrisca uma ofensiva de humanização. Porém os alunos, mesmo que em armada, têm seus íntimos individualistas e, mais uma vez, derrotam o docente.
Então, o professor, desesperado que está, apela para a importância do estudo no futuro. Por um momento, acredita que obterá vitória, que está conseguindo alguma atenção. No entanto, os alunos logo apresentam seu contra-ataque. Argumentam que o futuro é longe e que, no presente, não necessitam daquilo. Daquilo o quê mesmo? Ah, sim, o conhecimento, o estudo.
Frustrado, ao tocar o sinal, o docente, novamente, se encontra derrotado e volta para seu lar depois, claro, de perder mais batalhas nos outros dois turnos (tarde e noite). Em casa, com um resto de esperança, ele busca um apoio estratégico em livros, em teóricos. Por fim, (re)descobre que esses teóricos são apenas teóricos mesmo, não vivem/viveram numa realidade como a dele.
Assim, petrificado, o professor vai tentar dormir, porque sabe que precisa de algumas horas de sono para enfrentar as batalhas do dia seguinte. Ele tem quase certeza de que será perdedor outra vez, mas, no fundo, no fundo, ainda lhe resta uma esperança. E é isso que o move.
Uma notícia ótima para os autores patrulhenses. Será realizada Feira do Livro na cidade no final do mês de novembro. Devo participar com meu segundo livro de contos, ‘Do Começo’. Em breve, mais notícias.
Abaixo, matéria do site do Ministério da Educação:
O aumento do número de dias letivos, de 200 para 220 dias por ano, ou a ampliação da jornada diária para cinco horas são alternativas em estudo para melhorar a qualidade da educação básica. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, 21.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – prevê para as escolas brasileiras carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas em no mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar. De acordo com o ministro, há evidências de que essa carga horária é baixa.
“Quatro horas por 200 dias é um caminho que nenhum país está trilhando”, observou Haddad. “Estamos conversando com secretários de educação, tanto municipais quanto estaduais, para verificar se nós podemos ampliar essa jornada.”
Bom, até acredito que mais tempo junto aos professores faz bem aos alunos. Mas cadê esses professores? Alguém acredita que o governo vai contratar mais para essas horas extras? Obviamente, não. Vai acabar sobrando para os docentes já existentes, os quais já estão sobrecarregados em todos os sentidos. Uma pena o MEC não se dar conta disso...
Tenho gostado de lecionar Literatura. Mais do que Inglês no momento. Quando se ensina apenas uma matéria, pode ocorrer tédio ou, até mesmo, frustração.
Tem sido bom voltar aos movimentos literários, rever suas características, principais autores e escritos. Todavia, ainda sinto falta de lecionar Português.
A editora Sandra Veroneze acabou de publicar no site Caderno Literário entrevista comigo. Participo do projeto desde o início e, pela empresa dela, já publiquei dois livros. Convido todos à leitura: http://www.cadernoliterario.com.br/#!/entrevistas/11/Marnei-Consul .