Recentemente, faltou luz em toda a cidade. Mais um "presente" diário da Equatorial a nós. Conversa vai, conversa vem, uma estagiária de 17 anos, preocupada em como aqueceria seu almoço, questionou uma colega: "Como vocês esquentavam comida antes do micro-ondas?" Apavorada, a colega respondeu a ela: "Ué? Com o fogão". Para fechar com chave de ouro, a estagiária disse: "É que sou nova, tenho apenas 17 anos".
Em outro setor, outra colega solicitou a seu estagiário que fizesse algumas ligações telefônicas, para dar recados a usuárias do serviço. Colocou o telefone fixo na frente dele e saiu. Quando voltou, o guri estava empurrando os números para cima, como se estivesse mexendo numa tela de celular. A colega, então, ensinou a ele como funcionava um telefone "tradicional", o fixo.
Ambas as situações causam apavoramento, a meu ver. Primeiro, porque as coisas evoluem com tanta rapidez, que não conseguimos acompanhá-las. Segundo, porque o desconhecimento juvenil parece maior, quando se trata de coisas que não são do dia a dia deles, os adolescentes. "Ah, Márnei, mas eles não têm obrigação de saber tudo", algum vai me dizer. No entanto, com tanta tecnologia, com tanta internet, com tanta globalização, não é possível pesquisar tais dúvidas para enfrentar um pequeno problema?
Sei lá. Ou eu estou velho demais, ou as gerações estão modernas demais. Quem sabe?
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