domingo, 31 de março de 2019

POEMAS | Saída

Convidado a sair:
forma polida.

Escorraçado delicadamente:
maneira melhor.

Despedido de tudo.
Sentimento de inutilidade.

Recomeço à vista.
Forças renovadas.

Passado morto...

Resultado de imagem para despedida

domingo, 24 de março de 2019

POEMAS | Barreiras

Eu ||| não ||| sei ||| o que se passa ||| por aqui.
Como ||| se ||| passa ||| por aqui||| ?
Isso ||| é ||| o mundo.
A vida ||| é ||| o mundo:
||| obstáculos |||.


domingo, 17 de março de 2019

PROSA NA VARANDA | Abertas as inscrições para a 5ª edição

O Grêmio Literário Patrulhense – GLP, por meio de comissão formada por Rosalva Rocha, Márnei Consul, Mário Antônio Barcelos, Sandreli Bandeira e Walter Pütten, já está recebendo inscrições de contos e crônicas para o livro Prosa na Varanda 5.

A obra – que é editada a cada dois anos – é colaborativa, ou seja, o custo dela é dividido entre os participantes.

Os interessados podem procurar os integrantes do GLP ou mandar e-mail para prosanavaranda@gmail.com (já com os textos) até 24 de maio de 2019. O lançamento do livro será em agosto, durante a Feira do Livro.

Inspire-se e participe!

Comissão reuniu-se no dia 14 para definir as diretrizes da obra

quinta-feira, 7 de março de 2019

domingo, 3 de março de 2019

CONTOS | Minutos de clarão

Chuva depressiva. Casa perigosa. Andréia estava só. Já tinha se emboletado, mas não conseguia dormir. Lá fora, o mundo caía. Dentro, também. Andréia não suportava mais seus empregos. Tampouco o marido e a família. Muito menos, ela mesma.

Ela não sabia no que pensava. Não conseguia pensar. Quando pensava, eram relances, coisas esparsas, loucuras. Os trovões e raios do temporal simbolizavam bem a mente de Andréia. Flashes, sustos, minutos de clarão.

Não fazia muito, a mulher tinha abandonado a terapia. Com a morte dos pais e as desculpas do marido sobre traição, o surto havia aumentado. Ela não sabia se vivia na realidade. Sentia que não fazia falta. Era um estorvo. Faltavam-lhe razão e ilusão.

Foi até a cozinha. Fez um chá. Tomou-o com mais duas boletas. Sentou-se na sala. Começou a fazer planos:

“Enlouqueci? Sim. Perdi a vida? Não. Próximo passo traçado então”.

Calçou os tênis, tirou os óculos, saiu. Queria sumir. Por um tempo. Para sempre. Tanto fazia. O importante era iniciar.

(...)

O marido procurou Andréia. A família também. Dias depois, foi encontrada num terreno baldio, atrás de uma escola. Na página policial, apenas um bilhete foi achado em um dos bolsos: “Meu diário ficou na gaveta”.