A Globo recém exigiu a minissérie “O tempo e o vento” que,
na verdade, foi o filme de 2013 dividido em três capítulos. A obra foi baseada
no livro homônimo do famoso Erico Verissimo.
Muitas pessoas se rasgaram em elogios para o
filme/minissérie. Eu também curti, mas, pelo tamanho e complexidade dos
personagens da obra, achei que seriam necessários dois filmes para melhor
retratá-los.
Costumamos ver sequências de filmes estrangeiros, nunca
nacionais, isso devido à falta de investimentos principalmente. Porém imaginem
isso com “O tempo e o vento”. Cada geração das famílias Terra, Cambará e Amaral
poderia ser mais explorada se isso ocorresse.
Eu não assisti ao filme, somente à minissérie na Globo. A
impressão que tive é que, se não fosse professor de Literatura e já houvesse
mantido contato com o livro (que se divide em três partes), estaria perdido. Tudo
foi rápido demais. Se o telespectador levantasse para ir ao banheiro e
voltasse, os personagens já estariam trocados, e ele já se sentiria confuso. Cada
personagem é bem completo/complexo nessa obra, por isso, sendo mais
desenvolvido, haveria mais coerência.
De qualquer forma, o filme ficou legal, especialmente, para
os gaúchos, os quais são mais familiarizados com a cultura e com o escritor. A
dica que deixo é que quem ficou boiando dê uma olhadinha na internet, nos sites
de resumos de livros, e sane duas dúvidas. Depois disso, as imagens ser-lhe-ão
mais familiares.
Concordo plenamente. A fotografia, figurino e elenco ficaram ótimos, mas a narrativa ficou muito prejudicada pelo volume de informação que tentou-se inserir na produção, tendo personagens demais para se aprofundar. O grande número de atores para o mesmo personagem para representar diferentes épocas também dificulta um pouco a assimilação do enredo. Ainda sim, o filme é uma bela produção, acessível a um grande público e parte de uma fase madura do cinema brasileiro que promete filmes ainda mais deslumbrantes.
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